sábado, 30 de abril de 2011

Um olhar para o louco

Quando alguém diz:" Você é louco!"Muitas das vezes não sabe o que é um ser louco.Pois um ser louco no seu subjetivismo, mundo paralelo , diante de nós, nos traz questões do tipo: "Como pode ser isso...". Deixe-me explicar:
Um dia desses eu fui à uma clínica psiquiátrica, no meu primeiro dia de estágio. Já tinha tido varias aulas teóricas, onde falávamos com muita propriedade sobre o assunto. Eu até já tinha tido contato com algumas pessoas com transtornos mentais. Me sentia sem medo ou preconceito, pelo menos eu achava.Chegando lá na clínica me deparei com aquilo que esperava vê; porém a sensação, essa eu não esperava, uma sensação de nó na garganta em vê mulheres em estados tão primitivos, num mundo sem nexo( pelo menos para nós ). Ao falar com a psicóloga da clínica, que nos coordenou, foi possível perceber o quão distante estamos de entender o que é um ser louco, e o pior, o quanto muitos de nós não queremos entender.O movimento da "Reforma Psiquiátrica" veio com intuito de tirar esses indivíduos do estado de maldito que eles viviam; os CAPS (Centro de Atenção Psicossocial)veio para tratá-los num modelo mais adequado. De fato tudo isso é importante, porém é pouco.Existem muitas dessas pessoas, surtando de vez e sabe lá quando e como nas ruas, nas casas, nas igrejas;vistas como mendigas, noiadas, endemoniadas, menos loucas.Muitas são abusadas sexualmente, surradas por burgueses delinqüentes, com ideologias racistas.O estado deveria considerar fatores genéticos, no qual poderia pensar em esterilizar esses indivíduos, no propósito de evitar crianças que nascem em casos como esses já relatados, podendo evitar casos como do Wellimgton em "Realengo".Por isso devemos pelo menos pensar o que é a loucura antes de chamar alguém de louco, mas não por receio de ofendê-lo, e sim para "OLHAR" de fato o verdadeiro louco.

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